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Aqui e agora!

Quando chego a primeira coisa que ele faz é me dar um abraço, demonstrando o seu carinho. Depois, ele pede para eu me sentar e pergunta se quero alguma coisa, um copo de água, chá, café, ou um biscoitinho feito por ele. E mesmo que eu diga que não eu preciso, ele faz questão de deixar algumas coisas perto de mim para o caso de eu ter vontade de comer ou tomar algo. Eu chego a ficar mal acostumada. É uma explosão de acolhimento e respeito, me sinto pertencente àquele lugar. Todo cuidado que o Presente prepara para me receber é tão maravilhoso que por um instante parar de pensar, vivenciando todos os bons sentimentos que estão ali.


E quando começamos a conversar, percebo a doçura do Presente. Sinto que sou ouvida de fato, como não sou em nenhum outro lugar… é como se eu pudesse contar qualquer coisa. Em nenhum momento me sinto julgada nem sinto que meu assunto não tenha importância. Sinto como se estivesse no colo de minha avó, como quando eu era criança, ela escutava todas as minhas histórias mirabolantes. E mesmo assim, ela me olhava com todo o seu amor e carinho.


As atitudes desse meu grande amigo me inspiram. Observo que toda a minha necessidade de acolhimento é suprida nestes momentos. Nos conectamos, sei disso. E sei disso porque me sinto segura e tenho facilidade em expressar os meus pensamentos. Mesmo que enquanto eu expresso, em alguns momentos, toda a minha dor, quando ele fala, eu percebo uma grande sensibilidade. Com suas palavras ele traz conforto, me dizendo o que ele sente e percebe, quais as minhas necessidades. Ele me pergunta se eu gostaria de falar mais alguma coisa e sempre confirma se o que ele ouve é realmente e o que eu gostaria de expressar. Em nenhum momento o vejo procurando resolver meus problemas para mim, ou trazendo sua própria opinião. Temos um diálogo de conexão. Sempre estamos na mesma página.


O Presente, me lembra a todo momento do aqui e agora e que é necessário estar por inteiro com as pessoas. Ele diz que todos nós carregamos malinhas que contem pensamentos com muita dor, com muitos pensamentos do passado ou do futuro e permanentemente vivemos nestes outros tempos, porém, essa malinha não some com um milagre. Na verdade, o aqui e agora é que nos ajuda a organizar essas malinhas. Para isso, precisamos de coragem. Depois de nos livrar de todas essas ideias preconcebidas ou opiniões que não nos pertencem, começamos a parar de julgar a nós mesmo. Mas, mais importante do que isso, começamos a trazer o que está vivo agora, neste momento – o que eu sinto neste momento? Qual necessidade eu não estou atendendo? O que me faria feliz agora?


Não cave o passado, apenas esteja pronto para enfrentar este momento. E esteja o mais presente possível para fazer um pedido a você mesmo. Faça um pedido simples, objetivo e sem exigências. Já nos torturamos muito com a falsa ideia de perfeccionismo.


Como disse, o Presente me ensina muito a cada ação e reação que ele tem diante das dificuldades pessoais. Quando ele está em contato com as pessoas, não tem expectativas, apenas está ali naquele momento com cada uma delas. Nada atrapalha, nem o celular quando toca. Quando estamos juntos, estamos somente eu e ele.


Apenas eu e o Presente.

Créditos da imagem: Tumblr

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