Refletindo o medo estampado, o grito diário era abafado;
Cada frase à procura de uma explicação que redimisse o culpado.
“Ele é assim mesmo, nervoso, mas nunca fez nada de errado;
Foi só um descontrole, eu sei que ele não queria ter me machucado;
Eu também não sou fácil, e outra, foi assim que ele foi educado.”
O perigo da redenção é que uma hora ela pode fazer murchar teu coração.
E em meio à cinza fumaça, buzinas e concreto,
Eu digo que é Circe quem preside esse show indiscreto.
É dela quem precisamos no nosso presente ao olharmos para o passado.
Ela é quem nos ensina a domar os porcos, homens com ideais perturbados.
Corre logo pro teu jardim que ela vai te ensinar uma receita, pra tua dor, por fim.
Para todo violentador, deturpador, agressor e espécime de malandro, oleandro.
Para todo relacionamento abusivo, daquele tipo que entoja, soja;
E se não adiantar prima-dona, atropa belladona.
Para todo ofensor, caluniador, difamador e filho da puta, cicuta.
E para todo o resto que acredita ser essa a “cultura brasileira”, dedaleira.
Circe ensinou a si mesma como ser pharmakeia, feiticeira.
Ao invés de bela, recatada e do lar,
Seja macumbeira, faceira
Corre logo pro teu jardim que ela vai te ensinar uma receita, pra tua dor, por fim.
Para todo violentador, deturpador, agressor e espécime de malandro, oleandro.
Para todo relacionamento abusivo, daquele tipo que entoja, soja;
E se não adiantar prima-dona, atropa belladona.
Para todo ofensor, caluniador, difamador e filho da puta, cicuta.
E para todo o resto que acredita ser essa a “cultura brasileira”, dedaleira.
Circe ensinou a si mesma como ser pharmakeia, feiticeira.
Ao invés de bela, recatada e do lar,
Seja macumbeira, faceira, arruaceira, cachaceira e, principalmente,
Daqueles que correm contigo, parceira.
E quando necessário,
O veneno se torna o antídoto do boticário.
Pra beleza que nunca é vista no reflexo do espelho, a autoestima que não mais acompanha sua dona, belladona.
Pra quando faltar coragem e ímpeto pra cuidar do coração de brasileira, dedaleira
Pra gozar dos prazeres desse mundo, sem vergonha e plena, verbena.
Pra sorrir a todo momento com disposição e serotonina, cafeína;
De vez em quando, atropina e/ou escopolamina,
Mas só se você manja muito desse tipo de, como se chama nos dias de hoje mesmo?
Medicina.
E pra lembrar de que tudo na vida é sobre ressignificar,
Lembre-se que pharmakeia, em tempos antigos, era o mesmo que enfeitiçar., arruaceira, cachaceira e, principalmente,
Daqueles que correm contigo, parceira.
E quando necessário, O veneno se torna o antídoto do boticário.
Pra beleza que nunca é vista no reflexo do espelho, a autoestima que não mais acompanha sua dona, belladona.
Pra quando faltar coragem e ímpeto pra cuidar do coração de brasileira, dedaleira.
Pra gozar dos prazeres desse mundo, sem vergonha e plena, verbena.
Pra sorrir a todo momento com disposição e serotonina, cafeína;
De vez em quando, atropina e/ou escopolamina,
Mas só se você manja muito desse tipo de, como se chama nos dias de hoje mesmo?Medicina.
E pra lembrar de que tudo na vida é sobre ressignificar,
Lembre-se que pharmakeia, em tempos antigos, era o mesmo que enfeitiçar.
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