Se é paixão que você procura;
Me toma, se lambuza, eu sou aquele drink feito da erva escura.
Absinto; mistura de artemisia com açúcar, gotejado com água fria.
Me guia. Eu gosto mesmo é quando nossos corpos roçam.
Uma valsa pecaminosa de dois peitos encostados, do jeito que o diabo gosta.
La Louche, soltura, luxúria, aventura.
Olho no olho, espanto.
Sexo com sexo, semântico.
Sua língua quando encontra a minha,
Não é canto.
É encanto.
O erótico de nós dois entrelaçados é como se Eros dissesse:
“Eita, quem dera se eu também pudesse…”
Teus segredos eu guardo no silêncio da noite.
Aquecido entre minhas pernas e por entre meus dedos.
A minha história eu divido. Contigo.
Pele com pele; almíscar e patchouli.
Quem seríamos nós dois? Sem que alguém nos rotule.
A gente se beija, instiga.
A falta, castiga.
A gente se engole. Mastiga.
Sem medo, muito menos culpa;
Volúpia.
Teu bafo quente na minha nuca arrepia,
Meu corpo, sob o mármore do teu, serpenteia.
Eu gosto de ser a aranha; que tece com a sua teia.
Tua voz, baixinha, é um mantra.
Eu, em êxtase, sou tantra.
Nós dois, juntos, somos música, poesia e outras tantas.
Feito o mar que escorre por nossos corpos;
Eu me afogo em suas águas, sem nenhum tipo de remorso.
Repouso na beira da sua praia.
Beijado uma última vez pelo sol e pelas espumas da água.
Créditos da imagem: healthline
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