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Sete centavos

Foto do escritor: Katy FrisvoldKaty Frisvold

Atualizado: 8 de fev. de 2022

Caro(a) leitor(a),


Faz algum tempo que não dou o ar da graça por aqui. Apesar de a presença virtual em geral ter aumentado nesta pandemia, a rotina espiritual aqui do meu sítio demandou presença real, dentro do possível. Tive que rolar a timeline nas redes para me atualizar das notícias da comunidade espiritual e mágica. Lógico que a gente sabe que depois de um tempo neste campo de interesse os temas se repetem, quase que fielmente, e sempre tenho em mente a finalidade deste projeto, Espelho de Circe: criar um espaço de respeito à diversidade de pensamento espiritual e mágico.


Então é necessário que eu comece declarando que você não é obrigado(a) a nada.


Tenho observado alguns padrões de comportamento na nossa comunidade, muitos dos quais, confesso, segui fielmente no passado e que ainda me mantém vigilante para não repeti-los por distração. Acredito que o pior deles é a necessidade de controlar o incontrolável. Os outros. O caminho dos outros, a magia dos outros, a velocidade dos outros, o interesse dos outros, os amigos dos outros.


Anda faltando certa maturidade emocional, uma aceitação de que não podemos controlar os outros quando estamos nossa própria batalha diária de autocontrole. Se estivermos fazendo isso certo, não sobra muito tempo para tentar controlar os outros, correto?


Vou trazer alguns argumentos à mesa, não para convencê-lo(a) de nada – como eu disse aqui em cima, você realmente não tem obrigação nenhuma disso – mas para deixar uma reflexão, juro que não vai sair caro, são só meus sete centavos de pitacos no meio da cacofonia de sensibilidades.


1 – Esta comunidade “mágica/espiritual” é composta por pessoas que questionaram ou estão questionando a ideia de religiosidade tradicional como aquela imposta culturalmente, em especial no Brasil. Geralmente, espera-se algo diferente daquele sistema de “pastor/padre” que informa ao rebanho como ele DEVE se comportar: o que rezar, como e com quem trepar e a quem odiar.

2 – Se pudermos concordar que este caminho é pavimentado pela auto responsabilidade – situação pela qual você é o responsável absoluto pela sua jornada espiritual, de sua própria condenação e absolvição, o progresso neste caminho levará o tempo e o esforço que cada indivíduo terá a capacidade de avaliar por si, e de acordo com a variável meta de cada um.


4 – Gratidão e respeito são energias que valem a pena emanar (eu acho). E as duas são vias de mão dupla. Do mais novo ao mais velho, sim, mas também do mais velho ao mais novo. O mais novo aprende quando o mais velho demonstra.


6 – A franqueza e a honestidade não deveriam ser punidas. Mil vezes isso do que agendas obscuras onde abusos realmente ocorrem.


Sete centavos. Justo?

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