Do pinto guardado na cueca ninguém sabe o tamanho. Isto é um problema. Homem gosta mesmo é de esfregar o pinto na cara dos outros. Principalmente se ninguém pedir.
O que será das torres de CDs? Ficarão cheias de frustrações. O problema da nuvem é que não dá pra saber se tá carregada.
“Você sabe. Me formei e depois fiz cursos no exterior. Meus professores foram os melhores”. Diz o idiota que só não aprendeu a deixar de ser babaca e que gente que sabe mesmo, todo mundo reconhece sem precisar ficar fazendo diploma de tijolo pra levantar parede.
Eu queria te dizer, amigo, que ninguém liga se seu pinto é grande, grosso ou cabeçudo. Parabéns pra você por ele seja como for e bola(s) pra frente. Pinto muito duro não serve pra mijar. Pense nisso.
Então, a coleção de chaveiros que você fazia na infância era na verdade um amontoado de desesperadas tentativas de não perder as estribeiras, que como as chaves, precisam de uma coisa bem chamativa presa a elas ou deixaremos sumir sempre na primeira oportunidade.
Ninguém mais compra móvel planejado com torre de CDs. A lição é que gavetas e nichos continuam. Desde o início dos tempos. Certas coisas não mudam, dizem velhos marceneiros. Mas apesar de existirem desde o tempo que Nabucodonosor reinava, muita gente ainda não as descobriu.
A arqueologia do que tem dado certo comprova que certas coisas passam pelas provas da realidade e perduram. É uma ciência pouco valorizada. Afinal, pra que ter um pinto se você não pode enviar uma foto dele pra uma mulher que não pediu? Pensam muitos.
“Oi. Tudo bem? [Foto de pinto]. Gostou? Tá durinho só pra você”.
Deviam colocar essas frases nos diplomas das faculdades de prestígio. Devia ter curso. Bacharel em exibição audiovisual de pinto próprio. Todos os formandos teriam uma brilhante carreira no Whatsapp, no Tinder e no Happn. Não sei como fariam pra ganhar dinheiro. Talvez alugando o pinto.
A minha opinião, que ninguém pediu: lave o pinto. Guarde o pinto. Só bote ele pra fora se alguém quiser realmente vê-lo (pode ser só você mesmo, tudo bem). Não mande fotos de pintos pra quem não te pediu. Não fale sobre seu pinto se não for pro seu urologista. Não jogue fora sua torre de CDs se você ainda tiver muitos discos.
O pinto que não é pinto, numa coisa meio Magritte, pode ser o que você queria que seu pinto fosse, numa pegada mais Freudiana, e se sonhar com seu pinto, agora mais Jung, saiba que é melhor saber o que fazer com ele.
Se seu pinto couber na torre de CDs, talvez as coisas se encaixem. Guarde ele lá. Numa vibe Perpétua* do século XXI. Mas, por favor, não me convide pra sua casa.
* Veja Tieta
Créditos da imagem: Pixabay
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