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Aqui em casa... |
Sempre tem alguém para se lembrar de compartilhar vídeos sobre
o nosso planeta. Hoje eu vi mais um dos muitos que andam circulando por aí.
Tem coisas boas que vêm com estes vídeos. Eles conseguem tocar algumas pessoas e hoje vemos coletivos em todo o Brasil e no mundo que são criados para debater
e combater a destruição da natureza, para proteger animais e florestas. Esta é
uma tendência no mundo todo e tem ficado cada vez mais presente nos diálogos e
interações sociais. Inclusive no marketing.
O clima está mudado. Isto é fato. E não dá mais para varrer
para debaixo do tapete.
Quem mora na cidade de São Paulo pode notar a esta alteração
no clima por conta da falta de água, pelo rodízio de água que já acontece em
alguns lugares mesmo que o fato seja negado pelas “autoridades”, que estão mais
preocupadas com eleições do que o caos que vai rolar se a chuva não cair
torrencialmente por um bom tempo.
Aqui no sítio essa mudança fica ainda mais evidente. Girinos
que só surgem no pico do verão já estão pintando na lagoa, árvores que estão com
flores e frutos maduros ao mesmo tempo (para quem não sabe há um tempo para
flores e outro para frutos), e várias frutas fora da estação. As nascentes e
poços estão secando, e vizinhos estão quebrando o pau para dividirem a água que
uma vez foi abundante aqui no sul de Minas. Quase não houve aquele friozinho
típico de serra mineira neste ano, e agora o calorão já é tão intenso quanto no
pico do verão – e a primavera ainda nem chegou.
Estou vendo isso tudo, mas eu não vejo as pessoas pararem de
comprar. Já falam do novo Iphone 6 sem lembrarem que a Apple é uma das empresas
mais adeptas da Obsolescência Programada
(para quem não sabe o que é isso, dá uma olhada neste LINK: ).
Eu conheço gente que tem - só para si - PC, tablet, notebook e celular – todos os
equipamentos para não perder nada nas redes. Exibem as fotos de carros, roupas, suas
passadas em restaurantes da moda, e ao mesmo tempo reclamam no final do mês porque o salário
mal deu pra pagar o mínimo do cartão de crédito. Quando este pessoal olha fotos
da natureza, são os primeiros a falar “ah, eu queria tanto morar assim”.
Mas será mesmo?
Será que trocariam o conforto do ar condicionado? Que se
limitariam a modelos de carros que agüentam estrada de terra e pedras? Que agüentariam
as roupas manchadas de barro, os insetos e os bichos que chegam perto? Será que limitariam suas idas às compras? Será que
trocariam seus estilos de vida pela simplicidade? Que trocariam a inovação pela
durabilidade?
Lembrei-me da ridícula propaganda da Volkswagen de 2005,
quando o pessoal do marketing ainda estava viajando e não queria fazer tudo
parecer ecologicamente correto como hoje em dia (só que não). O pior é que tinha gente que concordava naquela época, e ainda hoje, com tudo isso que está rolando, ainda continua concordando.
Agora aqui vai um espaço pra falar da hipocrisia: está todo mundo ocupado em “parecer
ecológico”, sem achar que isso tudo envolve um sacrifício desta busca
desenfreada por conforto a todo custo, um compromisso em comprar coisas que
durem mais tempo, um compromisso de simplificar a vida para salvar o planeta
com atitudes que todos nós podemos tomar, mesmo vivendo nas grandes cidades. Não adianta apontar o dedo para a presidAnta e os outros
políticos. E acredite, nenhum deles vai salvar a pátria, nem a maluca da Marina. Esta responsabilidade é
nossa.